Pois então. Vamos falar agora
um pouco de musica?
No dia 27 de Janeiro tive o prazer de ir mais uma vez em um dos concertos de música medieval e renascentista do grupo Codex Sanctissima. O Evento aconteceu no Teatro do Colegio Zaccaria, na zona sul do Rio de Janeiro. Lá estava ocorrendo o Rio Encontros 2017, evento gratuito, com várias atrações sócio-culturais nos mais variados temas. Foram cerca de 150 espectadores, alguns deles, conhecidos leitores cariocas do Cena Medieval.
O Codex Sanctissima é um grupo fundado em 2011 que estuda e reproduz músicas, em sua maioria sacras, medievais. É formado principalmente por músicos graduados e pós-graduados, com alguns especializados em musica medieval. O repertório atual foi estreado em dezembro do ano passado, e é inspirado no primeiro texto sobre Maria mãe de Jesus encontrado no Egito, escrito em grego e datado do século III . Se chama Dei Genitrix.
No dia 27 de Janeiro tive o prazer de ir mais uma vez em um dos concertos de música medieval e renascentista do grupo Codex Sanctissima. O Evento aconteceu no Teatro do Colegio Zaccaria, na zona sul do Rio de Janeiro. Lá estava ocorrendo o Rio Encontros 2017, evento gratuito, com várias atrações sócio-culturais nos mais variados temas. Foram cerca de 150 espectadores, alguns deles, conhecidos leitores cariocas do Cena Medieval.
O Codex Sanctissima é um grupo fundado em 2011 que estuda e reproduz músicas, em sua maioria sacras, medievais. É formado principalmente por músicos graduados e pós-graduados, com alguns especializados em musica medieval. O repertório atual foi estreado em dezembro do ano passado, e é inspirado no primeiro texto sobre Maria mãe de Jesus encontrado no Egito, escrito em grego e datado do século III . Se chama Dei Genitrix.
O que acho mais
legal das apresentações do Códex é que eles são bem ligados à parte cultural,
e não apenas um grupo de música. No início
do concerto, o idealizador do grupo Félix Ferrà fala sobre os aspectos
históricos e arqueológicos das fontes, e como o repertório foi criado. Todos os integrantes se apresentam com roupas
características de época, o que faz com que você se sinta num castelo alemão ou
numa igreja francesa do século XI.
Como as letras são
todas nas línguas originais, inclusive algumas com idiomas extintos, eles
muitas vezes cantam a mesma canção de forma original e emendam na versão em
português para que todos possam entender.
As músicas são em sua maioria bem calmas e cantadas com muita emoção,
mas algumas são animadas e no final até o público participa e canta junto.
Mas e ai? Rola uma guitarra, um piano ou a parada é
mais no violão mesmo? Nada disso! Assim como o repertório, os instrumentos
também são pesquisados e reproduzidos. Cítola, alaúde, sinos, viela de arco,
gaita de fole, viela de roda, organetto, flautas, clavisimbalum entre outros
instrumentos que eu nunca tinha visto de perto.
A cada música, os instrumentos são apresentados ao público e é falado um
pouco sobre eles.
Viela de Roda |
Organetto |
Clavisimbalum |
Rebab Mourisco |
No final, depois de
uma extensa salva de palmas (de pé) fui falar com os músicos e conhecer de
pertinho os instrumentos. O pessoal é muito legal e ficam lá para conversar com
a gente e tirar dúvidas sobre questões musicais e históricas. Na saída pude comprar um CD do repertório
anterior, Rosa Das Rosas que é inspirado nas Cantigas de Santa Maria de Afonso X (1221 – 1284). Muito bom também!
Apresentação no Colegio Zaccaria. Foto: Rodrigo Canellas |
Alguns dos nosses leitores no concerto do Codex Ssma |
Enfim, mais do que
recomendo que conheçam o grupo e que eles cresçam trazendo mais cultura musical
antiga. Vou deixar aqui a pagina deles
onde aparecem informações sobre novas apresentações.
Até a próxima!
Olá Alberto! Que bom que agora o Rio está representado. Divulgue tudo rs
ResponderExcluirObrigado! Farei meu melhor
ExcluirAdoro as cantigas de Santa Maria, conheci através de Jordi Savall e seu grupo Hespérion XXI. Já ouvi outras versões de diferentes grupos musicais, mas nunca ouvi de um grupo brasileiro. Vou procurar, será que tem no youtube?
ResponderExcluirCodex Sanctissima é puro amor! Já fui em dois concertos e quero ir em todos que eu puder!
ResponderExcluirCaro Alberto, me chamo Rodrigo Canellas, e sou o fotógrafo da oitava, e penúltima, foto que você usou na sua resenha.
ResponderExcluirVocê poderia, por obséquio, colocar meu nome como autor da imagem?
Grato,
Rodrigo Canellas