quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Resenha do Odin’s Krieger Heathen Edition em São Paulo/SP – Segundo dia de evento!

Fotos por Sergio Scarpelli
Salve, amigos!

Novembro foi praticamente o mês de falar de Heidevolk e Odin’s Krieger aqui no Cena Medieval. Com a aproximação dessa aguardada edição do festival, produzimos vários artigos sobre o evento e sobre a banda, com direito até a uma entrevista feita com eles.


E agora, pra finalizar essa série de posts, eu trago finalmente a resenha do segundo dia de evento, 26 de novembro, que aconteceu no Tropical Butantã, em São Paulo/SP.

Já comentei em posts anteriores que a proposta do Odin’s no início já era reunir os melhores nomes do folk e do folk metal no Brasil. Ao longo das edições do evento, essa proposta evoluiu e se definiu melhor, estando mais do que nunca representada por essa edição especial do festival.




A música folk é aquela que guarda relação com o folclore, ou seja, com a cultura de algum povo ou local. Nessa edição, as bandas participantes representaram estilos muito diferentes entre si, mas todos essencialmente folk. Tivemos o folk do bluegrass, o folk pirata, o folk rock, o folk europeu diversificado e pela primeira vez um folk-metal holandês.





A primeira banda do dia foi O Bardo e o Banjo, uma banda de bluegrass, que é um estilo americano derivado do country, com raízes na música irlandesa, escocesa e inglesa. Por atrasos na programação, infelizmente, o show deles começou tarde e consequentemente acabou sendo bem curto.


Mas nada que não possa ser remediado numa próxima edição do Odin’s! Não é a primeira vez que O Bardo e o Banjo toca no festival – eles também estiveram presentes no Odin’s Krieger 2016, que aconteceu no começo do ano, e o sucesso que eles fizeram entre a galera mais do que justifica um retorno deles em edições futuras.

E como o evento tinha horário pra acabar, devido à agenda da casa, o cronograma teve que ser seguido à risca, de modo que pouco tempo depois já subiram ao palco os bucaneiros do grupo Confraria da Costa.


Além do próprio Heidevolk (headliner), o Confraria da Costa foi a única banda a tocar nos dois dias dessa edição especial do festival, e repetiu em São Paulo a qualidade de seu show na noite anterior, em Curitiba. Suas letras de temática pirata em português aliadas à sonoridade do conjunto instrumental composto por banjo, violão e violino (além dos clássicos guitarra, bateria e baixo) resultam num bom apelo junto ao público do cenário folk.

A seguir veio a sempre aguardada apresentação do Taberna Folk!


Os taberneiros tem o dom de despertar o espírito dançante mesmo entre inveterados headbangers, transformando momentaneamente a pista do show num ambiente de taverna medieval. Além de ser a banda mais conhecida do meio medieval, o Taberna já tocou em diversas edições do Odin’s Krieger, de modo que sua animada apresentação é bem conhecida do público cativo do festival. Nesse dia, a novidade no repertório foi a canção Kuni pole kodus olen kaugel teel, um cover da banda estoniana Metsatöll, que o Taberna já havia tocado uma vez pelo menos, no VIII Aniversário do Hednir, em julho (veja aqui a resenha daquele evento!).


Depois do taberna, como de costume, houve uma apresentação de lutas medievais, que nesta edição foi novamente feita pelo grupo de combates Ordo Draconis Belli – veja aqui nosso artigo completo sobre esses guerreiros!



A penúltima banda foi o Terra Celta!


Outra banda já conhecida pelos frequentadores mais antigos do Odin’s, composta de seis membros que não parecem ser capazes de ficarem parados no mesmo lugar durante mais do que um minuto, e que transmite toda essa energia para os presentes durante o show.



Antes do grand finale do dia, nós do Cena Medieval entramos no camarim e entrevistamos o Heidevolk. Já publicamos a íntegra da intrevista num outro post – veja aqui como foi!


E finalmente chegou a hora mais esperada. O Heidevolk entrou no palco às 20h em ponto, com muita energia e vibração por parte da banda e do público!





Como foi a primeira passagem da banda pelo Brasil, eles tomaram o cuidado de montar um repertório cheio de clássicos de toda a carreira da banda, e não necessariamente focar nos últimos álbuns, como ocorreria numa turnê de divulgação. Os fãs foram presenteados com diversos clássicos como Saksenland, Nehalennia, Ostara, Dondergod, Walhalla Wacht, Hulde Aan de Kastelein, Naar De Hal Der Gevallenen, Het Wilde Heer e Het bier zal weer vloeien.










A última música, como já era esperado, foi a divertida Vulgaris Magistralis, uma canção que é originalmente da banda holandesa Normaal, mas que ficou mais conhecida pela interpretação do Heidevolk, e fala, de forma cômica, de um antigo herói holandês, meio homem-das-cavernas, que ainda vagueia pelas planícies holandesas de Achterkoek montado em seu mamute. Um final épico e ainda assim bem-humorado para uma noite tão boa.


Os integrantes da banda agradeceram o carinho e a calorosa recepção brasileira, e prometeram voltar assim que possível.

Aguardaremos ansiosamente!

E deixamos aqui nossos parabéns à corajosa organização do Odin's Krieger, que não bastasse organizar há anos um grande festival de metal e música folk, dessa vez conseguiu trazer para o Brasil um dos ícones do folk-metal. O Heidevolk é uma banda que inspirou boa parte dos medevalistas quando o movimento ainda surgia por aqui, especialmente os mais fãs da cultura viking, e há pouco tempo seria impensável vê-los por aqui, mas graças à já mencionada corajosa organização do evento, estamos vendo acontecer.

Hail!

Veja também aqui no Cena Medieval:


Entrevista com o Heidevolk: a banda holandesa ícone do folk-metal nos contou algumas boas histórias!

Resenha do Odin’s Krieger Heathen Edition em Curitiba, o primeiro dia dessa edição e o primeiríssimo show do Heidevolk em terras brasileiras


Heidevolk, nosso artigo com um pouco da história da banda

E as fotos da edição anterior do festival, que aconteceu no começo do ano:


2 comentários:

  1. Parabéns Cena Medieval pela matéria e a produção do Odin's Krieger Festival, espero que traga novamente os Heidevolk!!

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