quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Resenha do V Medieval SC - A ascensão de um grande evento no sul





Introdução


Nos dias 30 e 31 de julho, ocorreu em Florianópolis - SC a quinta edição do Medieval SC. Este evento se tornou ao longo dos anos o maior representante do meio medieval em Santa Catarina e foi muito aguardado pelos que apreciam tal cultura, levando em conta o fato de que ainda existem poucos eventos desta magnitude no sul do país. Neste ano, além dos de Santa Catarina, o evento contou com expositores e atrações vindas de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, o que é fundamental para a integração da cena a nível nacional quando se fala em cultura medieval. O evento foi organizado por Amanda C. Haitmann, que coordenou as atividades nos dois dias do evento.

As fotos oficiais do evento foram tiradas pelo estúdio Pitocos, aos quais deixo aqui um agradecimento prévio, pois ficaram realmente muito boas.

A divulgação do evento foi apoiada por  Culture World, Fitzpatrick's Pub e Cerva Show.

Foto por Pitocos

Local

O espaço, chamado "Camping Caminho do Rei" contava com cinco ambientes que podem ser descritos como: Área de alimentação com bar/cantina e mesas, Área do Arco e Flecha (em uma quadra de futsal), "Área principal" - com o palco e as tendas dos expositores no mesmo nível e separados por uma estradinha de terra, uma "Área superior" de menor tamanho e a Área do camping. Os banheiros comportaram o fluxo dos presentes e as famigeradas filas intermináveis nos banheiros em momento nenhum se produziram. A decoração, ainda que não detalhista, foi feita de forma coesa com panos coloridos, sendo geralmente em cores tipicamente associadas ao imaginário do medievo, como vermelho e amarelo. As mesas da área de alimentação remontavam pictóricamente mesões medievais, compridos.

Foto por Pitocos

~ Primeiro Dia ~ 30/07

Simultâneamente à chegada das bandas e demais atrações, o público que já estava presente começou a montar suas barracas na área de camping.

Na área de exposição, os expositores iniciavam a montagem de seus stands, entre eles VolkRúna, Giuliano Armaduras, Hersir Store, Hidromel Henrique Nadolny Hertel, Hidromel Mjödr, Kretzer in arms, Loja Rock Vest, Psyche Eli, Léo Feudal Tatuagens, TM Artefatos.


Foto por Pitocos
O show dos piratas paulistas do Eldhrimnir abriu o evento, empolgando o público que se formava em frente ao palco e até mesmo arrancando do povo alguns refrões conhecidos, como da irlandesa Drunken Lullabies, um verdadeiro hino comum ao meio folk/rock. O som da banda poderia ser descrito como um "folk metal acústico" de forte influência irlandesa, conectando-se de forma fluída com outras sonoridades, a exemplo do uso do Banjo, instrumento de origem africana que se transformou e tornou-se parte fundamental da música irlandesa, ao lado do cajón, percussão comumente encontrada em toda América do Sul. Sua indumentária é típica das representações artísticas dos piratas, conferindo à banda um estilo visual peculiar. Foi um show enérgico e vibrante, que se repetiu no segundo dia com a mesma garra que a banda trouxe a Santa Catarina. Voltaram a São Paulo com muitos fãs sulistas, com certeza. 

Foto por Pitocos



Houve a introdução a diversas oficinas, uma palestra sobre mitologia nórdica com o grupo Meridianum, o Coletivo Urucubaca montou sua tenda ''Uróboro'' com ciganos e tarots, seguido de um trompista chamado Rafael Campos, que executou composições próprias, algo inusitado em um evento medieval. Este instrumento possui uma origem desconhecida, sendo ilustrado de uma forma ainda bastante rudimentar no medievo, conhecido em diferentes formatos tanto por povos da Ásia, Península Ibérica e do Oriente Médio, o que fez desta apresentação uma boa surpresa com uma versão "nova" de um instrumento deveras antigo.

Foto por Pitocos

Um concurso de indumentária medieval ocorreu, visando selecionar o participante com a melhor vestimenta, caracterizando-se ao período medieval. O vencedor foi Vicente Salles dos Santos, de Curitiba, que vestiu avambraços sob grevas de couro com chapas de metal, um elmo do tipo Spangenhelm com crista de pele, equipado com uma cota de malha de alta qualidade, além dos utensílios como bolsa de couro e o chifre para bebida. Portava também uma espada que remontava espadas do período viking (semelhantes às do período carolíngio) e um escudo redondo com motivos lupinos, cujo umbo de aço fora martelado manualmente, caracterizando a essência guerreira do traje. Uma típica armadura de combate da era viking correspondente aos séculos IX e X.

Foto por Bruna Willhelm

O falcoeiro Renan Cardoso do grupo Peregrinus CF fez uma breve demonstração de falcoaria exibindo o imponente "Virgulino", um nobre falcão. houve também uma rápida palestra sobre aves de rapina e a instituição com que trabalham, sediada em Curitiba/PR. Em paralelo, outras atrações ocorriam, como tiro com arco e flecha, contação de histórias, exposição de armaduras, swordplay e diversas outras interações.

Foto por Pitocos 
Exposições, breves leituras de trechos e venda de livros foram realizadas no local por escritores, dando ao público conhecimento sobre seus escritos; Obras de fantasia medieval, possuindo cada autor seu próprio estilo e ambientação. Estiveram lá os escritores Peterson Silva com "A Aliança dos Castelos Ocultos",  Tatiane Grellmann com "A Princessa de Ferro e o Senhor dos Espelhos" e Johnny Archer Gamba, que lançou seu livro "A Ascensão dos Derrotados". Estes foram respectivamente os best sellers de cada autor.

Foto por Luciano Luke Maciel
A Sociedade Histórica Destherrense marcou presença com um exuberante grupo vestido em trajes medievais, mostrando a sua grande preocupação com a indumentária e também um grande respeito para com o público. 

Foto por Sociedade Histórica Destherrense 
Sendo um grupo que prima pela exibição da "história viva", mostraram não só excelência em suas roupas mas também em sua postura. A seriedade na dedicação à sua inclinação cultural é o grande diferencial do grupo em suas oficinas (sejam em colégios, festas ou encontros), por nós reconhecidos como uma grande referência a ser seguida em matéria de estética medieval.

Foto por Pitocos
O Grupo Arallec'h de Danças Celtas fez um belíssimo número de danças celtas e medievais, indo desde eras palacianas do medievo aos jigs e reels comuns às culturas contemporâneas dos países de influência celta. Com figurino trazendo tartan vermelho e preto, os kilts combinaram com a presença de músicos e bandas.



Muitas interações foram feitas ao longo dos dois dias, trazendo mais cores e alegria por onde passaram. Este grupo realmente fez a diferença no V Medieval SC com sua presença de espírito e versatilidade, principalmente porque inspiravam (muito) ao público, estimulando para que dançassem em grandes círculos, e assim o faziam; assim o fizeram.


Foto por Pitocos 
Em seguida, membros do Grupo de Pesquisas Medievais SCAM (Sistema de Combate e Artes Marciais Medievais) fizeram demonstrações massivas e individuais das técnicas de combate medieval, muitos deles trajando "full body armor" embora fosse um dia um pouco quente para um inverno. O grupo mostrou comprometimento com o seu propósito, demonstrando e entretendo sem perder o carisma e bom humor com o público.  A divisão de Arquearia e Combate Medieval - SCAM, foi responsável pelas atividades com arco e flecha, atividade que foi conduzida com segurança e profissionalismo.


Foto por Pitocos
Foto por Pitocos
Foto por Pitocos
Neste dia, a banda Jornada Ancestral realizou duas intervenções, trazendo música folclórica de cada canto da Europa com elementos de diversidade inspirados no Brasil. Essa banda (da qual faço parte) faz uma releitura musical dos agrupamentos de músicos que tocavam em feiras medievais e mercados a céu aberto por toda Europa, com gaitas de fole e percussões alegrando ao público, fossem plebeus ou nobres. Segundo iluminuras encontradas em obras como as Cantigas de Santa Maria ou Roman de Fauvel, fosse um festival como esse realizado em plena Idade Média, poderia ser comum a presença de gaiteiros e percussionistas, ao mesmo tempo em que a banda abraça o imaginário musical medieval, "medievalizando" temas da renascença e do folclore contemporâneo, bem como suas vestimentas.

Foto por Pitocos
No vídeo abaixo, houve uma interação inesperada entre a banda e o Grupo de danças Celtas Arallec'h, que em sinergia tocaram e dançaram inúmeros temas folclóricos. O vídeo foi gravado no dia 31/07 e é o registro máximo da participação dos gaiteiros e percussionistas da banda Jornada Ancestral no evento.


Enquanto a equipe preparava o palco para os Gaiteiros de Lume, o público dançava a uma playlist animada, com temas medievais e célticos, quando ao mesmo tempo mais e mais pessoas se juntavam ao swordplay. Neste momento anterior ao show dos Gaiteiros de Lume, os stands com livros obtiveram maior evidência assim como a contação de histórias.

O show dos Gaiteiros de Lume trouxe um bom repertório com muitos temas irlandeses, galegos e escoceses sob a liderança de Luis Felipe Fitzpatrick, tocando vários instrumentos diferenciados - como a uilleann pipe, gaita de foles da Irlanda. Foi um show muito animado, que fez o público pular e dançar. O Jornada Ancestral foi convidado a uma participação, tocando alguns temas galegos e brasileiros com os Gaiteiros de Lume, que desceram do palco e se juntaram ao povo para um gran finale, tendo ainda executado alguns bis a pedido do público. Um grande show, sem dúvidas.


Foto por Pitocos     


Houve em seguida uma apresentação de esgrima medieval, onde três espadachins do Sala de Armas Desterro demonstraram técnicas de ataque, evasão e defesa com algumas espadas, floretes medievais e broquéis. Foi uma apresentação que demonstrou a bravura feminina na esgrima, tão descrita em personagens históricos como Joana D'Arc. Esta apresentação foi importante porque representou uma classe de espadas e escudos usadas no medievo tardio, influenciando os personagens e o então subgênero literário Swashbuckler, que viríamos a conhecer como Capa e Espada - muito popular até a primeira metade do século XX quando teve seu auge no cinema e histórias em quadrinhos. A foto abaixo é de 2015 pois no evento não obtivemos nenhuma foto desta atração.


Foto por Pitocos

Como um grande emblema de pluralidade cultural, expressões artísticas do Oriente Médio, África e Ásia também se fizeram presentes através das incríveis danças tribais femininas, que ressaltaram a beleza e a festividade de uma vivacidade dançante feminina. 

Flores do Nilo é um grupo de danças que executou números contendo uma grande influência mouro-espanhola, notavelmente derivada da presença árabe por mais de oito séculos na Península Ibérica, trajando vestes azuis. Eram movimentos que eu descreveria como "poéticos", e de estruturas inegávelmente médio-orientais, com origens remotas. De fato, uma bela apresentação cuja magnitude artística será lembrada por quem a prestigiou.

Já o grupo de danças ciganas Andança, trouxe além de sua misteriosa dança, o seu figurino colorido, como é típico na cultura cigana. Estas danças influenciaram no medievo a cultura de países como Espanha, Portugal, Itália, Alemanha e até mesmo da Irlanda, criando então a imagem da jovem cigana como a mulher sensual, artística e mística que trazemos até hoje em nosso imaginário. Um show de pluralidade cultural, foi como estar em uma festa cigana em pleno medievo.

Ambar Tribal Troupe foi um outro grupo que trouxe danças tribais, em específico o "estilo tribal americano" conhecido como ATS®, com bastante personalidade em suas danças, que trazem os elementos médio-orientais a um tempo onde há quebras de paradigmas tradicionais e a inclusão de novos movimentos ou coreografias, contando também com belos improvisos. .

Foto por Pitocos
Três dançarinas solistas se apresentaram individualmente, sendo elas Renata Ardah, Julic Carboni e Cintia Vilanova. Infelizmente ficamos limitados em cobrir seus números de dança, pois havia pouco tempo para alternar entre as atividades. Já noite, se aproximava a hora da pausa para a janta, onde fomos obrigados a recarregar nossas energias com uma boa comida.

Alimentação


Em dado momento, o público começou a fazer filas para o Jantar. A cozinha, que já operava desde cedo, estava sob o encargo de O Alquimista Auspicioso, com um cardápio elemental, baseado nos quatro elementos para descrever as opções. O prato principal  consistia em costela de porco assada, arroz à grega, e tubérculos assados (no caso, batatas / batatas doces), servindo duas pessoas e custando R$50. 


Os espetinhos e caldos custavam R$10, sanduíches com pão francês integral custavam R$8 e as cucas, doces e bolos R$5 por fatia. Cervejas e vinhos custavam R$10 a unidade (500ml para cerveja, 330ml para vinho e 250ml para quentão). Águas, sucos e refrigerantes custavam R$5. Houve um cardápio diferenciado no dia 31/07, contando com muitas saladas, frango - uma alimentação mais leve que a da noite anterior. Houve filas em dois momentos, causadas por um breve contratempo na cozinha, mas não chegaram a atrapalhar de fato a festa dos presentes.

A banda Dannah de Kayla se apresentou tocando temas que variavam entre a renascença-pop de Blackmore's Night, com uma roupagem mais folclórica, aos sons etéreos e celtas de Loreena McKennitt, num repertório realmente extenso que perdurou por quase duas horas. Houve uma breve intervenção com danças tribais que agregaram beleza ao show. Neste momento, alguns participantes já haviam se recolhido em suas barracas e outros teriam ido às pousadas onde se alojaram. O público aos poucos se sentava no gramado, alguns em cadeiras.

Foto por Pitocos
Ao subirem ao palco já montado, a banda Thunder Kelt, devido a alguns atrasos, encontraram um público um pouco reduzido pelo horário já avançado e temperatura um pouco mais baixa. Porém, isto não afetou a grande performance que realizaram, com grande precisão na afinação de seus instrumentos e temas que combinavam muito com aquela noite especial.

Com dois violinos, algumas músicas como Inisheer foram tocadas com passagens em duas vozes ao violino, tendo um resultado sublime. As luzes no palco, em projeção nos galhos e folhas das árvores nos traziam uma ambientação quase mágica a esta performance, cativando bravas e bravos espectadores que aplaudiram e prestigiaram a banda até o final de sua apresentação, embora com o clima já esfriando ao avançar da noite. O Grupo de Danças Celtas Arallec'h também dançou ao som da Thunder Kelt, em alegres e graciosas danças circulares.

Fotos por Pitocos
Para encerrar o grande dia onde tantas performances ocorreram simultâneamente, o Duo Arcanum fez uma apresentação próxima à fogueira e junto ao público restante, que apreciava sua performance e os prestigiava apesar desta apresentação ter ocorrido já tarde e sob a temperatura mais baixa em todo o tempo útil do evento. A sinceridade e leveza com que executavam seus temas gerou impressões positivas e inclusive estas são o que possibilitaram a minha descrição desta atração. Por não mais estar presente neste momento, tomei a liberdade de consultar algumas pessoas (outros músicos e público presente), seus registros e materiais, para que uma impressão pudesse ser gerada e então aqui descrita segundo palavras dos que vivenciaram este ato musical.

Foto por Pitocos

~ Segundo Dia  ~  31/07


No segundo dia, muitos aproveitaram a ensolarada manhã na capital catarinense para uma caminhada ao mar, que ficava a cerca de três quadras do local do evento. Após o número de danças tribais do Ambar Tribal Troupe, swordplay e uma apresentação do SCAM, Eldhrimnir subiu ao palco e realizou novamente um show vigoroso onde já haviam fãs conquistados na noite anterior.

Foto por Pitocos 
Ao deixarem o palco, houve uma nova apresentação do Grupo de Danças Celtas Arallec'h, ocupando uma boa parte da área para o público em frente o palco em mais um brilhante número de danças.

Foto por Pitocos
Em seguida o Jornada Ancestral realizou uma apresentação mais extensa com todos os membros presentes. As lendárias gaitas de fole e poderosas percussões empolgaram o público, que observava atento e ao mesmo tempo já se descontraía às danças. O Grupo de danças celtas Arallec'h atendeu ao convite do percussionista Bruno Novak e então, ao som das gaitas, dançaram diversos temas antigos da Suécia, França, Itália, Espanha, Bélgica, Portugal entre tantas outras regiões européias, demonstrando o quanto conheciam de danças, ritmos e o quão versáteis são.  Esta união espontânea de ambos grupos rendeu diversos vídeos e comentários positivos.

Foto por Josimary Silva

Eis então que a banda Thunder Kelt retorna ao palco para o encerramento musical do evento, trazendo novamente seu repertório belíssimo com temas dos países de origem celta e dando uma nova oportunidade para que os que dormiram cedo no dia anterior, pudessem apreciar esta banda. Foram slip jigs, reels, polkas, valsas e muitos temas que marcaram este encerramento com chave de ouro.

Quem estava almoçando, almoçou a um som agradável, quem lutava, tinha uma bela trilha sonora, quem apreciava o show, apreciava o fim de um evento que novamente firmou profundamente sua marca como um bom evento e que muito bem representa a cena da cultura medieval na região sul de nosso país.

Abaixo segue um vídeo com o tema de GOT, encerrando o evento.

Foto por Pitocos

Algumas atividades ainda estavam em curso quando o último show acabou e alguns presentes ainda permaneciam em suas barracas, descansando desta verdadeira maratona de atraçõed que ocorreram nos dias 30 e 31 de julho de 2016. Quem lá esteve pode testemunhar um evento extremamente positivo com mais de 400 pessoas presentes. E que venham os próximos!

Pontos Positivos:


Seriedade e comprometimento dos organizadores, grande variedade de atrações, bom espaço para expositores, boa localização e de fácil acesso, opções para veganos na cantina, cervejas de qualidade, excursões criadas pelos organizadores - saindo de diversas localidades, proximidade de uma bela praia. Outro ponto positivo poderia ser descrito como o "clima" do evento, a atmosfera fantástica que permitiu a todos curtirem bons momentos juntos. Esse aspecto positivo propiciou a feitura de novas amizades, algo que só poderia ocorrer num evento onde as intenções dos organizadores, dos grupos e de todos os envolvidos, foram com certeza as melhores. Em uma espécie de imaginário medieval aberto a todos, inclusivo e sem distinções de casta, classe, raça ou credo, viveu-se aqui uma linda fantasia medieval, onde a recreação tomou lugar à recriação, estando todas e todos irmanados em plenitude.

Há um destaque merecido ao palco e estrutura de som pelas seguintes qualidades: Localização central, posição de acústica favorável, boa estrutura de bases apesar do pequeno tamanho, boa iluminação, quatro caixas de boa potência e qualidade, quatro bons retornos, uma boa mesa de som e um técnico com conhecimento de causa, atendendo as exigências técnicas de cada banda. Este é um padrão a ser observado como um ótimo exemplo.


Pontos Negativos:


O que posso considerar realmente um ponto negativo, seria em parte também um ponto positivo. A densidade de grupos, atrações musicais, dançarinas(os) e etc contribuíram com uma grande variedade de entretenimento no evento. Entretanto, essa grande quantidade de atrações no espaço central gerou atrasos no cronograma e uma pequena diminuição no tempo individual de cada atração, fazendo com que grupos e bandas se apresentassem um pouco mais tarde do que o previsto, gerando um público mais reduzido. Seria necessário outro espaço como o central para acomodar todas as atrações e para que estas funcionassem simultâneamente.

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Conclusão:


O Medieval SC retornou triunfantemente em 2016, dando continuidade ao legado de Giovana Ferraro, organizadora das edições anteriores e hoje residente da Irlanda. A organizadora Amanda C. Haitmann e todos os colaboradores conseguiram realizar um evento satisfatório, onde os pontos positivos foram muito superiores a qualquer ponto negativo, contratempo ou dificuldade que tenham encontrado. Estes pontos positivos foram essenciais para que o V Medieval SC tenha sido um grande evento, que pede uma continuidade, assim como seus antecessores. O saldo final dos dois dias de evento é sem sombra de dúvidas positivo e este é um evento a ser muito recomendado.

Foto por Pitocos
Agradeço aos organizadores, às bandas, grupos de danças, grupos de combate medieval e swordplay, inúmeros escritores, expositores, contadores de histórias, a toda equipe da cozinha, ao técnico de som, seguranças e a todos que compareceram ao V Medieval SC, fazendo deste outro bom evento em nosso país.

Amanda C. Haitmann - Organizadora
*Se você esteve no evento como atração, escritor ou expositor e não foi citado, aguardamos seus dados e uma foto para uma merecida menção na resenha pois não foi possível observar absolutamente tudo o que havia no evento, dada sua diversidade de atrações.
Fiquem com mais algumas lindas imagens oficiais dessa grande festa, capturadas por Carolline Remer, Diogo Laurentino e Diogo Pietsch do estúdio Pitocos.













2 comentários:

  1. Meu grande amigo Raoni, desde sempre muito talentoso!!!
    Parabéns cara, SHOOOOOWWW de bola a resenha =]

    Obrigado pela lembrança.
    Aquele abraço, vlw!!!

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  2. Parabéns pela resenha. Pra quem não foi como eu, fica uma enorme vontade de ir nos próximos. O evento, pelo visto foi primoroso.

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