Salve, medievalistas e apreciadores de hidromel!
Este é o terceiro artigo da nossa seção de hidroméis, na qual procuramos
experimentar e falar de um hidromel brasileiro por mês, sempre acompanhado de
um prato de culinária medieval. E o hidromel do mês de Setembro é o Alfheim, de
Cachoeirinha/RS!
Nunca bebeu hidromel? Não faz ideia do que se trata? Não tem problema,
nós explicamos: o hidromel é uma bebida alcoólica derivada da fermentação do
mel com água (e possivelmente a bebida alcoólica mais antiga do mundo, anterior
à cerveja e ao vinho). Veja nosso artigo onde contamos um pouco da história e curiosidades sobre esta maravilhosa bebida.
O Alfheim, hidromel que experimentamos este mês, é produzido na região
de Cachoeirinha, na Grande Porto Alegre (RS), há mais de dez anos, segundo os
produtores.
Como foi a experiência
Para o prato que acompanharia o hidromel deste mês, decidimos
experimentar algo exótico e escolhemos coelho, um animal já domesticado no
mínimo desde a Roma antiga (diferente da lebre, que nunca foi domesticada), e
que continuou a ser consumido na Europa continental durante toda a Idade Média
(nas ilhas da Bretanha, foi introduzido apenas após a conquista normanda).
Então, para acompanhar o Alfheim, preparamos nosso coelho assado com cebolas
e vinho condimentado, ou seja, um coelho da forma como chegaria na mesa de um
nobre medieval. A carne de coelho dificilmente chegava às mesas camponesas, mas
um viajante que capturasse um coelho ou lebre poderia prepara-lo de forma bem mais
simples na fogueira.
(se você joga Dungeons &
Dragons, seu mestre provavelmente já narrou que você capturou uma lebre
como resultado de um de seus testes de sobrevivência, hehehe)
Ao abrirmos a garrafa do Alfheim tradicional, antes mesmo de provarmos,
notamos a primeira característica: o aroma de mel se faz bastante presente. No
paladar, contudo, o gosto de mel é bem mais sutil do que o aroma sugere, sem
presença de doçura ou licorosidade.
A coloração é bem dourada e não há grande carbonatação.
A outra variedade do Alfheim que provamos é um metheglim, ou seja, um
hidromel feito com adição de ervas ou especiarias, no caso a romã, que confere
uma coloração avermelhada e viva ao hidromel. No paladar, o Alfheim com romã
tem presença mais marcante e ainda menos presença do mel.
De forma geral, as duas variedades do Alfheim que provamos são de sabor
forte e sem presença de doçura. Recomendamos para os paladares que valorizam um
hidromel mais seco e com menos reminiscências dos açúcares originais do mel.
No nosso caso acabou havendo um contraste entre a carne do coelho, que é
suave, e o Alfheim, que é um hidromel forte. Isto nem de longe prejudicou a
experiência, contudo recomendamos aos que pretendam experimentar o Alfheim que
harmonizem com um prato mais forte e salgado, como carne de porco.
Dados Técnicos
O Alfheim é produzido com mel silvestre (ou seja, proveniente de
diversas flores, e não de uma flor específica), e fermentado durante cerca de
21 dias, antes amadurecer de 5 a 8 meses em barris de carvalho.
É utilizada uma levedura europeia importada específica para produção de
hidromel. Os demais ingredientes são apenas água mineral e mel silvestre, com
adição de suco de romã (Punica Granatum) na versão metheglin. A marca Alfheim
produz também um outro metheglin “Tipo
Dunkel Ervas Negras”, que não experimentamos dessa vez, mas com certeza
experimentaremos numa próxima.
A graduação alcoólica é de 12% para o Tradicional e 14% para o metheglim
de romã.
(informações fornecidas pelo produtor)
O valor da garrafa (750ml) é atualmente R$ 43,00, mas os produtores
estão fazendo uma promoção especial para os leitores do Cena Medieval: na hora
de encomendar, informe que você leu e curtiu este artigo sobre o Alfheim, e
eles farão o preço de R$ 38,00!
Página do Alfheim no facebook:
E você, já experimentou o Alfheim? Deixe nos comentários a sua opinião
sobre este hidromel!
Veja também aqui no Cena Medieval:
O Hidromel, nosso artigo contando um pouco da história e curiosidades
desta bebida
E confira os artigos anteriores de nossa coluna de hidroméis brasileiros:
Hidromel Bee Gold, de Sorocaba/SP (Julho)
Hidromel Velho Oeste, de Xanxerê/SC (Agosto)
Skald faça uma resenha do triple Horn e do Hidromel Odin, na minha opinião os melhores que já provei em terras brasilis.
ResponderExcluirOi, Juju! O Triple Horn é excelente mesmo. Estou apenas esperando eles me mandarem as garrafas (talvez seja o hidromel deste mês ainda...)
ResponderExcluirO Odin eu não conhecia, mas já vou entrar em contato com a marca! Obrigado pela dica :)