Hail, medievalistas e bebedores de hidromel!
Cá estamos com o segundo artigo da nossa seção de hidroméis. O hidromel
é uma bebida que tem ganhado cada vez mais popularidade no Brasil e seu consumo
está especialmente difundido entre o público do meio medieval.
Pensando nisso, criamos esta coluna com o objetivo de experimentar e falar
de um hidromel brasileiro por mês, sempre acompanhado de um prato de culinária
medieval. E o hidromel do mês de Agosto é o Velho Oeste, de Xanxerê/SC!
Nunca bebeu hidromel? Não faz ideia do que se trata? Não tem problema, nós
explicamos: o hidromel é uma bebida alcoólica derivada da fermentação do mel
com água (e possivelmente a bebida alcoólica mais antiga do mundo, anterior à
cerveja e ao vinho). Veja nosso artigo onde contamos um pouco da história e
curiosidades sobre esta maravilhosa bebida.
O hidromel brasileiro que experimentamos este mês é o Velho Oeste, que é
produzido na cidade de Xanxerê (SC) desde 2012. Os três sócios trabalham juntos
e sem funcionários em todas as etapas da produção, ou seja, é uma bebida produzida
de forma bem artesanal.
A experiência:
Para acompanhar o Velho Oeste, preparamos uma torta de pombo com alho-poró,
rabanetes, cogumelos e cravo.
Devido à sua abundância, o pombo era uma fonte de proteína comum na
Idade Média. A torta, por sua vez, também era um tipo de alimento comum, provavelmente
por sua praticidade e fácil condimentação. Para acompanhar um bom hidromel em
clima medieval, portanto, uma torta de pombo cai muito bem.
(e fiquem tranquilos, não usamos pombo de verdade, mas sim peito de
frango – mais seguro e fácil de se conseguir, hehehe)
O Velho Oeste Tradicional é um
hidromel bem carbonatado, que forma uma leve espuma quando é servido. O
primeiro gole lembra um pouco uma cidra ou um vinho espumante. Apesar de suave,
ele não é doce – o gosto do mel é bem sutil, sem presença da doçura e
licorosidade que vemos em boa parte dos outros hidroméis suaves. A coloração é
amarelada e translúcida. É ideal para quem quer apreciar uma bebida derivada do
mel, mas não gosta de sentir no paladar os açúcares do insumo original da
bebida.
O Viking Blood é uma versão do hidromel suave com adição de flor de
hibisco. Aqui não temos a carbonatação que verificamos no primeiro caso, mas
continua sendo uma bebida sem presença de doçura ou licorosidade. A flor de
hibisco confere à bebida uma bela coloração avermelhada e uma leve acidez.
O hábito de adicionar flor de hibisco na receita do hidromel é bem
difundido na europa, e supostamente segue uma receita dinamarquesa de mais de
trezentos anos. Isto associado à coloração avermelhada que é conferida pelo
hibisco levou à convenção de se chamar essa receita de viking blood, ou sangue viking, e essa mistura é reproduzida por
vários produtores de hidromel também no Brasil. Tecnicamente, todo viking blood
é um metheglin, ou seja, um hidromel feito com adição de ervas ou especiarias.
No caso, a flor de hibisco.
Dados técnicos
O Velho Oeste é produzido com mel regional, predominantemente de florada
silvestre (ou seja, proveniente de diversas flores, e não de uma flor
específica), oriundo da agricultura familiar da região de Campina da Cascaval,
que é o significado do nome da cidade – Xanxerê.
Os ingredientes da versão Tradicional são apenas mel, água, levedura e
conservantes, sendo portanto um hidromel puro. A versão Viking Blood, por sua
vez, tem como ingrediente adicional a flor de hibisco, resultando num metheglin,
como explicamos acima.
A graduação alcoólica é de 13% para o Tradicional e 12% para o Viking
Blood.
(informações do produtor)
Valor da garrafa:
Tradicional (750ml) – R$ 50,00
Viking Blood (500ml) – R$ 40,00
Página do Velho Oeste no facebook:
Já experimentou o Velho Oeste? Nos conte o que achou!
Veja também aqui no Cena Medieval:
O Hidromel, um artigo no qual contamos um pouco da história e
curiosidades sobre esta maravilhosa bebida
Hidromel Bee Gold, de Sorocaba, o primeiro da nossa coluna sobre
hidroméis brasileiros
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