Aqui estou eu com um pouco de
atraso, mas não poderia deixar de tecer alguns comentários sobre o Odin’s
Krieger Festival 2015, que aconteceu no dia 15 de agosto, há duas semanas. Um
dos motivos para eu ter esperado tanto para fazer essa resenha é que eu queria
usar as fotos do Sérgio Scarpelli, não só porque ele é o fotógrafo oficial do
evento (assim como de outros eventos da cena medieval), mas também porque as foto dele são sempre sensacionais. As que estão aqui são apenas algumas que eu
selecionei no álbum preparado por ele; no final do artigo, estou deixando o
link para o álbum completo no facebook.
Fila na calçada da Clash Club, antes da abertura das portas da casa |
Ainda que o festival não seja
especificamente um evento medieval (o foco, obviamente, são as bandas), foi uma
noite para guerreiro nenhum botar defeito. Como eu mencionei no meu primeiro artigo, no qual apresentei o evento, a expressão Odin’s Krieger significa, em
alemão, Guerreiros de Odin. E com efeito, a Clash Club por uma noite fez as
vezes de Valhalla, ou de Fólkvangr, os salões onde os escolhidos de Odin e Freyja
se reúnem para beber, cantar e festejar antes do Ragnarok.
O nome poderia sugerir que seria
composto apenas de bandas de viking metal, mas na verdade o festival mais uma
vez foi bem eclético em termos de temática e sonoridade.
Com uma temática completamente diferente e inusitada, havia a banda Barbaria (primeira da noite), com suas letras sobre piratas, rum e pilhagem, mescladas a uma sonoridade de heavy metal tradicional.
Representando a cultura viking e
a mitologia nórdica, havia as bandas Arthanus e Hugin Munin (segunda e terceira
bandas da noite, respectivamente). A semelhança entre ambas, contudo, está
apenas na temática das letras. No estilo musical, Arthanus é uma autêntica
representante do que se convencionou chamar de viking metal, enquanto Hugin Munin
tem um som mais voltado para o trash.
A apresentação do Taberna Folk
(quarta banda da noite), por sua vez, foi o momento mais extrovertido da noite.
Durante uma hora, o peso das guitarras foi substituído pelos instrumentos
acústicos e folk dos taberneiros de Cosmópolis, e seu variado repertório de
temas medievais, celtas e germânicos.
E a última banda da noite
foi o grupo mineiro Tuatha de Danann, com suas letras inspiradas na mitologia celta e sua
sonoridade folk metal.
Como bônus, no intervalo entre a
segunda e terceira banda houve uma apresentação de lutas nórdicas no meio da
pista, com os guerreiros do grupo de recriacionismo viking Filhos de Rígr.
Como disse no início, o evento não é especificamente de temática medieval, mas sim um festival de bandas. Tendo isso em vista, do ponto de vista do Cena Medieval enquanto blog, é bacana falar um pouco sobre a motivação do festival e as temáticas abordadas pelas bandas, sem entrar nos detalhes sobre as performances e setlists das bandas (se quiser ver uma matéria mais detalhada sobre esses pontos, recomendo a resenha do Metal Revolution).
Por fim, para os próximos anos, podemos
esperar apenas que o festival cresça em tamanho e qualidade, mantendo sempre
essa proposta de valorização do cenário musical nacional e agregando cada vez mais
entusiastas.
Barbaria |
Arthanus |
Filhos de Rígr |
Hugin Munin |
Taberna Folk |
Tuatha de Danann |
Link para o álbum oficial
completo no facebook:
Até a próxima!
Boa tarde Rafael, parabéns pela resenha, o evento foi maravilhoso e a apresentação de vocês foi o máximo, super empolgante. Ah, mais uma coisa, o Sério Scarpelli não é tão sério assim...rs
ResponderExcluirHahahaha, de fato, ele não é tão sério...
ExcluirObrigado pelo toque, já editei ;)